A Associação de Nadadores- -Salvadores da Nazaré teme que as restrições impostas nas praias durante a época balnear devido à pandemia de Covid-19 possam resultar num aumento do fluxo de banhistas em praias não vigiadas, que poderá levar a um acréscimo do número de acidentes no mar.
Entre as medidas que estão a ser equacionadas, constam lotação máxima de banhistas nas praias e distanciamento social. Para Daniel Meco, presidente da Associação de Nadadores-
-Salvadores da Nazaré, há medidas que “não vão ser viáveis”. “Não é viável haver polícia em cada canto”, reconhece. Somente o “bom senso” poderá minimizar o impacto de medidas, considera Daniel Meco, que contudo mostra-se particularmente preocupado com o “afastamento dos banhistas de zonas vigiadas”.
“Acredito que as zonas não vigiadas vão ter mais afluência. Essa é a nossa preocupação. As pessoas estão com receio de ajuntamentos e vão para praias desertas que acarretam riscos. Se isso acontecer, vai haver um maior número de acidentes, incluindo mortes”, alerta, apelando aos banhistas para que “permaneçam em praias vigiadas”. Reconhecendo que este vai ser um “Verão atípico”, Daniel Meco apela ao bom senso de concessionários, banhistas, nadadores-salvadores e autoridades, defendendo um “policiamento activo”.
Por outro lado, e apesar de se mostrar a favor da implementação de medidas de protecção e segurança durante a época balnear, Daniel Meco adverte para possíveis prejuízos para os concessionários. “As praias normalmente quando são concessionadas, têm que ser organizadas de maneira diferente”, e com as restrições, “os concessionários vão ter menos espaço de concessão”, alerta.
