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Quintas estão a viver “situação dramática”


Liliana Figueiredo Quarta, 22 de Abril de 2020

“Estamos a viver uma situação dramática”, é assim que um dos responsáveis de uma quinta de eventos, em Viseu, descreve o cenário que estes espaços atravessam, devido à
Covid-19.
Com a maioria das festas reagendadas para o próximo ano e algumas canceladas, os espaços estão desde Março sem facturar e são já alguns os que colocam o futuro em causa. “A maioria dos casamentos e baptizados que tínhamos marcados foram adiados para o próximo ano, mas não sabemos se vamos aguentar até la”, desabafa um dos gerentes.
Esta onda de incerteza e a ausência de facturação, levou a que os espaços, por nós contactados, recorressem ao lay-off para tentarem superar estes meses, já quem têm postos de trabalho para assegurar.
“As marcações que tínhamos para Abril e Maio foram adiadas para Setembro e Outubro, mas a maioria optou para marcar para o próximo ano, até porque têm medo que esta situação se prolongue nos próximos meses. Mas será que estamos abertos para o ano?”, questiona, adiantando que os espaços de realização de eventos estão a viver “uma situação muito dramática e de muita fragilidade”.
Neste momento, o responsável explica que estão a ser geridos os pedidos de agendamento de novas datas da melhor forma possível para não prejudicar o espaço nem os clientes, mas diz ter esperança que ainda este ano se possam realizar eventos, sempre cumprindo as orientações da Direcção-Geral da Saúde.
Um outro espaço, em Viseu, tinha previsto para estes meses, de Março a Julho, a realização de 50 baptizados e cerca de 30 casamentos.
 Por esta altura, o telefone não para de tocar e já foram dezenas as pessoas que decidiram adiar os festejos e houve também quem cancelasse, embora em pequeno número. De acordo com o responsável, muitas pessoas decidiram adiar ainda para este ano, para Setembro, Outubro e Novembro, mas considera que neste momento é tudo imprevisível.
“Temos o mês de Setembro cheio, mas nada é certo. Estamos a lutar contra um inimigo invisível e não sabemos quando vamos poder abrir as portas”, afirma.

Número de convidados
pode diminuir
 Este empresário diz ter ainda noção que, mesmo que os eventos se venham a realizar, o número de convidados deverá diminuir drasticamente. “Tenho três casamentos marcados com mais de 350 convidados, mas com medo e receio muitas pessoas já não vão vir e o número de convidados deverá diminuir bastante”, realça.
Neste espaço, que também aderiu ao lay-off, “os prejuízos são muito grandes” e o responsável acredita que “é dinheiro que nunca mais se recupera”. “Mesmo que trabalhemos Julho, Agosto, Setembro e Outubro vamos fazer menos de metade dos eventos que fazemos num ano normal”, adianta.
Este sector espera, assim, que venham dias melhores .


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