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Até haver vacina o país não pode baixar a guarda


Terça, 21 de Abril de 2020

O primeiro-ministro afirmou ontem que as normas de higiene e de afastamento social vão continuar a vigorar depois de o estado de emergência acabar em Portugal, até que uma vacina contra a Covid-19 esteja disponível no mercado.
António Costa deixou esta advertência após uma reunião de cerca de uma hora com o cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, no Seminário dos Olivais, sobre as condições para o levantamento de restrições à circulação a partir de Maio, depois de terminada a actual fase de estado de emergência por causa do combate à pandemia de Covid-19.
«Este ainda não é momento para o país baixar a guarda em termos de medidas de confinamento e de distanciamento social. Até haver uma vacina, não vamos retomar a vida normal. Mesmo sem estado de emergência, não vamos poder viver como antes», declarou o líder do executivo.
Perante os jornalistas, António Costa referiu que o país não pode viver «permanentemente na actual situação de clausura», mas, por outro lado, não vai poder retomar a normalidade até haver uma vacina. «Temos um longo período à nossa frente em que, mesmo sem estado de emergência, vamos ter de manter normas de higienização social e pessoal, normas de afastamento, de contenção e de limitação à circulação, ou de forma voluntária - como aconteceu com a decisão da Conferência Episcopal -, ou impostas pelo Estado com base nos poderes de que dispõe», frisou.
Neste ponto, o primeiro-ministro reiterou a ideia de que, quando acabar o estado de emergência, eventualmente no dia 2 de Maio, «não volta tudo ao normal». «Até haver uma vacina, temos de manter normas para conviver com o vírus, que vai andar por aí», acrescentou.
No final da reunião, confrontado pelos jornalistas com a polémica em torno das comemorações do 25 de Abril, no sábado, na Assembleia da República, o primeiro-ministro pediu «bom senso» e considerou que é resultado de algum «nervosismo» e «fadiga». «Estamos a chegar a uma fase em que, naturalmente por cada vez maiores necessidades económicas e sociais, por cada vez maior cansaço e fadiga relativamente às medidas de contenção, está tudo a ficar excessivamente nervoso para aquilo que é recomendável, depois da forma exemplar como temos vivido todo este período», reagiu o líder do executivo.


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