Os cerca de 50 utentes que estão no lar no Centro Social Paroquial de Rio de Loba continuam a usufruir das suas aulas, mas de uma forma segura. Com o objectivo a garantir a segurança total dos seus utentes, face à covid-19, a IPSS implementou uma sistema de realização de actividades sócio-educativas, pedagógicas e de animação através da gravação das aulas que são visionadas na televisão da instituição. A ideia surgiu da técnica superior de educação social, Vanda Rodrigues, que trabalha com a animadora Ana Sousa, e “tem como objectivo continuar a promover o envelhecimento activo através da actividade física, cognitiva e emocional, manter a autonomia, e ajudar a manter saudável a saúde mental para que casos de ansiedade ou pânico não se manifestem, resguardando ao máximo os idosos”. “Quando realizámos o nosso plano de contingência começámos a antecipar o que era importante de forma a prevenir um possível contágio. A ginástica foi suspensa e a aula de musico-terapia também. Por isso quisemos manter as outras actividades para que eles pudessem continuar activos”, explica Vanda Rodrigues, técnica superior de Educação Social.
Os vídeos são gravados pelas responsáveis e editados para posteriormente serem colocados na instituição para os utentes os visualizarem. Estes continuam a ser exibidos na sala de convívio, de manhã e de tarde, onde os utentes, afastados uns dos outros conseguem fazer cada um a sua actividade. São assim estimulados, fisicamente e cognitivamente, através de aulas de ginástica, literatura, música, espectáculos, yoga, declamação de poesia, cinema, arte, entre outras. “Eles têm adorado, até porque os conhecemos muito bem e mesmo nos vídeos dizemos os nomes deles e puxamos por eles. Cada um tem o seu próprio material e quando é preciso mais algum as colegas do lar providenciam para que possam fazer as actividades”, realça.
As responsáveis têm ainda um feedback de como vão correndo as aulas. “As colegas fotografam e conseguimos ver o impacto que as aulas estão a ter e se as actividades estão a ter o resultado esperado”, explica.
“Continuar a estimula-los e a mantê-los activos é muito importante para o bem-estar deles, tanto fisicamente como para a sua saúde mental. Esperemos que esta iniciativa se alargue a mais instituições”, apela.
Animadoras ajudam
a falar com a família
Como as visitas estão proibidas, todos os dias, alternadamente as duas responsáveis se deslocam à instituição para que os utentes possam falar com a família, via Skype. “Os familiares agendam a hora e nós promovemos esse encontro. Isto tem sido muito bom para eles e para a sua auto-estima porque eles não podem receber visitas”, conclui Vanda Rodrigues. |