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Super Circo lamenta falta de apoio do Governo


Quinta, 09 de Abril de 2020

A pandemia que se está a viver está a afectar todos os sectores da economia e os circos não são excepção. Antes pelo contrário, como refere Israel Modesto, responsável pelo Super Circo que está desde o mês de Março parado em Viseu, junto ao Túnel de Viriato.
“Está na hora de o Governo olhar para os circos, porque há muitos parados em todo o país e tanto agora, como no passado, nunca houve um cêntimo de apoio. Havia de existir alguma linha de apoio para esta actividade, porque os circos sejam grandes ou pequenos estão em risco porque, mais uma vez, estão a ser esquecidos pelo Governo, ao contrário do que acontece noutros países na Europa”, alerta o responsável.
Este circo tem-se vindo a reinventar de ano para ano com o objectivo de criar temáticas diferentes que atraiam as famílias.
Este ano, o Super Circo, em parceria com o Circo Nery, criou um espectáculo a três pistas que se estreou este ano, em Marco de Canaveses, e que iria andar em digressão pelo país. Viseu era a próxima cidade, mas que devido à suspensão das actividades culturais teve de parar.
Nesta fase, todos os artistas se mantêm na cidade de Viseu, em quarentena, com a mesma rotina, com ensaios diários, à espera da oportunidade de voltarem a actuar. Contudo, é uma realidade que pode tardar em chegar, já que os espectáculos poderão ser o último sector a arrancar.
“Esta vai ser a última actividade a iniciar, porque as salas de espectáculo não são serviços prioritários, mas nós temos uma função importante, levamos a alegria às cidades, a todas as crianças e famílias”, realça.
No meio da incerteza, com pessoas que dependem desta actividade, bem como as despesas associadas a uma frota de cerca de 30 veículos, Israel Modesto agradece o apoio que teve da autarquia de Viseu.
À espera de dias melhores, o Super Circo vai tentando aguentar e resistir por todas as famílias que dele dependem e espera que o pedido de ajuda chegue ao Governo. “Somos pessoas que sempre trabalhámos no circo, não sabemos fazer mais nada”, apela.


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