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Hino do Judas vai ser cantado às janelas no sábado


Quarta, 08 de Abril de 2020

Como este ano “não há Judas para ninguém, pois mal maior se levanta”, a Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) decidiu evocar as memórias daquele que é o seu espectáculo multidisciplinar anual de maior dimensão pública.
A Queima e Rebentamento do Judas de Tondela já teve 24 edições, que contaram com mais de 200 actores, músicos, bailarinos e uma audiência superior a cinco mil espectadores. Este ano, devido à covid-19, está a ser promovido o evento “Não Judas ACERT”, através de uma página do Facebook, na qual é lançado o desafio “O que é para ti o Judas”. “Queremos que este desafio motive a nossa imaginação e sonho e nos leve a publicar imagens, textos, vídeos, memórias e maluqueiras que representem gestos de cumplicidade partilhados”, refere a ACERT.
Depois, no sábado, à hora a que habitualmente começaria o espectáculo de rua, haverá “um cantar colectivo do hino do Judas nas janelas, varandas e quintais pela comunidade do concelho de Tondela e nas várias localidades do país onde vivem pessoas que participaram ou assistiram aos anteriores espectáculos”.
Segundo a ACERT, cada um, em sua casa, cantará o hino do Judas “Malha Suprema”, fazendo dele “um hino à vida e um gesto solidário que vai manter aceso o desejo de um mundo melhor”. “É por demais evidente que o tormento que todos vivemos impede, e com merecida razão, que o Judas aconteça. Ele é local de encontro, de proximidade e de partilha afectiva emotiva. O Judas é encontro de celebração”, justifica. No seu entender, “qualquer imitação desvirtuaria a sua matriz” e “qualquer quebra de procedimentos da segurança exigida seria um desrespeito vergonhoso”. Em meados de Março, a ACERT anunciou a suspensão de toda a sua actividade pública, da programação do Novo Ciclo e da digressão do Trigo Limpo e o encerramento ao público das suas instalações. Um dos eventos da ACERT que mais pessoas envolve, quer em termos de organização, quer de público, é a Queima e Rebentamento do Judas.
Num ano normal, nesta semana estaria a decorrer a Fábrica da Queima, com a participação de mais de 200 voluntários e artistas de várias áreas em oficinas de cenografia, música, interpretação e movimento.

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