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Turma do Funil ajuda seniores e faz a desinfestação


Eduarda Macário Terça, 07 de Abril de 2020

A Lenda Rebelde Associação – também conhecida como a Turma do Funil – está a desenvolver um trabalho de apoio à população de Gumirães levando as compras e os medicamentos a casa dos séniores e desinfestando ruas e estabelecimentos dentro e fora do bairro.
Ainda na semana passada, quinta e sexta-feira, a equipa conseguiu desinfestar as ruas de Gumirães. Tendo mesmo indo mais longe até ao Viso norte, ao lar e à entrada do SMAS. Tiago Polónio explicou ao Diário de Viseu que a oferta de uma moto-bomba pelos proprietários do Meu Talho veio facilitar o trabalho das equipas e permitir que se dia após dia seja possível ir mais longe.
“Começamos por gastar 500 litros e hoje, com o novo equipamento já conseguimos utilizar três mil litros e poderemos rapidamente chegar aos quatro mil litros”, reforçou, adiantando que todo este trabalho é coordenado com a protecção civil e com a Freguesia de Viseu.
Formada em Janeiro deste ano a associação, que envolve entre 40 e 50 elementos, “herdou” o nome de um grupo - A Turma do Funil - que já existiu na localidade desde 1986 terminando nos anos 90, e que tinha sido fundado por cidadãos da localidade no Brasil envolvendo elementos com faixas etárias dos cinco aos 75 anos.
Entre 2016 e 2017, um grupo de jovens da terra avançaram, então, para a recuperação do projecto envolvendo pessoas que ainda pertenceram à primeira formação, com o objectivo de construirem carros para as Cavalhadas de Vildemoinhos.
“Tínhamos também já um grupo meio formado por altura dos incêndios de 2017 que ajudava nas aldeias da localidade, nomeadamente na de Ventosa. Acabámos por reunir todos estes elementos e formamos a associação que continuou em contacto com as populações locais”, explica Tiago Polónio, lembrando que nesse ano o grupo “levava uns mimimos para os mais seniores para minimizar os efeitos dos incêndios”. Mas não só. Naquele ano, o grupo “apaixonaram-se” por um menino de cinco que vivia na aldeia de Ventosa, onde morreram três irmãos nos incêndios, e que, segundo palavras do Tiago, “viu coisas que nunca ninguém devia ter visto, como a mãe a ficar ferida, por exemplo”.
A primeira prenda levada pelo grupo ao Tomás foi uma bicicleta. E nunca mais parou o contacto quer com o menino, quer com a população local.
“Mas não queríamos ser conhecidos apenas por fazermos uns carros para as tradicionais Cavalhadas de Vildemoínhos. Queríamos mais para o nosso bairro e por isso procurámos alargar a nossa actividade a outras iniciativas e durante todo o ano”, sublinha o jovem presidente.
E hoje, face ao momento que se vive, a associação tem na rua uma equipa que vai fazer as compras de produtos essenciais , assim como os medicamentos para os seniores que não podem e não devem sair de casa. Mas em também uma outra equipa a fazer a desinfestação das ruas do bairro bem como em alguns estabelecimentos. |


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