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“Programação remota” aproxima artistas e públicos


Quinta, 02 de Abril de 2020

Para celebrar o Dia Internacional do Livro Infantil, o Teatro Viriato, em parceria com a editora Boca – Palavras que nos alimentam, estreia hoje a apresentação de excertos dos audiolivros Boca Júnior, numa iniciativa que se prolonga até dia 8 deste mês.
“Acreditamos que a leitura autónoma e a escuta de um texto por voz alheia, como no teatro, são duas realidades que não se excluem. E que, para quem não tem hábitos de leitura, um bom audiolivro pode ser a porta de entrada nos livros e na literatura. Na realidade, o estímulo provocado por um audiolivro pode ir desde a aquisição de vocabulário passando pelo treino da imaginação”, explica Oriana Alves, da editora Boca – Palavras que alimentam.
A iniciativa é para todas as idades e inclui poesia, teatro, contos de autor, histórias de tradição oral, que dispensam ecrãs, porque a maior tela é a da imaginação. Diariamente, às 11h00, o Teatro Viriato partilhará um dos excertos nas suas plataformas digitais.
Ontem foi lançado o segundo episódio de Boca a Boca, o podcast do Teatro Viriato que “pretende ser a voz de um teatro que vai à montanha porque não pode esquecer a mais elementar premissa de uma casa de espectáculos: a partilha”.

Consultório literário
dedicado ao turismo
Depois de um consultório literário dedicado à poesia e de outro dedicado aos mais novos, o festival telefónico do Teatro Viriato e da Prado Ruminante continua, desta vez, com a estreia do Consultório Turístico ‘Viaje lá fora, cá dentro’, que decorre nos dias 10 e 11 deste mês.
Numa viagem telefónica de 15 minutos, são propostos destinos como Macau, Amazónia, São Paulo, Fortaleza, Antuérpia, Viseu, Lisboa, Lencaster, Luanda, Sidney, Helsínquia, Tondela, Ovar, Amares, Marte, a superfície lunar, o mundo em geral e lugar nenhum em particular.
Na companhia de António Poppe, Célia Fechas, Mónica Coteriano, Anton Skrzypiciel, Leonor Barata, Janaína Leite, Changuito, Rogério Nuno Costa, Thiago Arrais, Henrique Amoedo, Reginaldo Pujol Filho, entre outros, cada participante poderá passear pelas cidades dos cinco continentes e de dois planetas sem sair de casa. Recorrendo a poemas ou canções, passeios à beira-mar ou descrições detalhadas de lugares perdidos, sempre partilhadas por telefone, com ou sem imagem, os artistas convidados dão-nos a conhecer os seus quotidianos e os sítios que habitam.
Com o edifício fechado desde o passado dia 12 de Março, o Teatro Viriato tem apresentado uma “programação em transformação, e em proximidade com os artistas, os seus anseios e as suas respostas ao mundo exterior, em permanente ebulição”, justifica a diretora artística do Teatro Viriato, Patrícia Portela, acrescentando que a “programação que acompanha a calendarização original tenta criar espaços alternativos de apresentação dos artistas que estavam programados, por um lado, e de criar espaços para projectos que se adaptam a estes novos tempos por outro”.
“O Teatro não é um edifício, é um organismo vivo feito de casas cheias que continuam em rede, a pensar um futuro melhor”, conclui Patrícia Portela.

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