Daniel Aparício, médico interno do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Tondela-Viseu decidiu lançar uma campanha de angariação de fundos, com o objectivo de conseguir dinheiro suficiente para encomendar a fornecedores na China “o maior número de máscaras FFP2/N95 possível para oferecer ao Serviço de Medicina Interna do CHTV”.
O clínico refere que “no contexto da pandemia tem sido geral a falta de máscaras e outros equipamentos de proteção individual”. “Necessitamos de máscaras P2/N95 para podermos assistir em segurança os doentes com problemas respiratórios, os doentes suspeitos ou confirmados com Covid-19. As máscaras previnem o contágio dos profissionais e por consequência o contágio de outros doentes que sejam observados em todo o Hospital de Viseu. A protecção individual é um elo crucial na protecção comunitária e populacional”, sublinha.
Acrescenta ainda que “os profissionais de Medicina Interna têm a seu cargo doentes no internamento do Serviço de Medicina, são responsáveis pelos doentes internados nas enfermarias destinadas a doentes com Covid-19 diagnosticado e têm presença física no Serviço de Urgência”.
O valor mínimo para ser feita uma encomenda de máscaras são, segundo o médico, cerca de 2.300 euros, incluindo os custos de envio, sendo que ontem mais de 75% do valor necessário já tinha sido angariado.
Construção de viseiras
Esta é apenas uma das formas que foi encontrada para apoiar os profissionais de saúde. Por toda a região, foram criados projectos para fabricar viseiras, perneiras ou outro tipo de protecção que possa ser usada por todos os profissionais que realizam diariamente o seu trabalho, colocando a saúde em risco.
Alunos e ex-alunos do Instituto Politécnico de Viseu, por exemplo, estão a recorrer a impressoras 3D para criar as peças necessárias para construir viseiras, às quais são depois acrescentados os acetatos e as fitas elásticas.
