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Atletas e treinadores leirienses obrigados a adiar sonho olímpico por um ano


texto: José Roque / foto: FPA Quinta, 26 de Março de 2020

Aconteceu o que já muitos previam: o Comité Olímpico Internacional (COI) decidiu adiar um ano os Jogos Olímpicos de Tóquio e os Jogos Paralímpicos - que iriam ter lugar este Verão -, devido à pandemia da Covid-19.
Há algumas semanas que havia uma enorme pressão, em especial dos Comités Olímpicos e Federações de muitos países, sobre o Comité Olímpico Internacional para que esta decisão fosse tomada. Havia mesmo comités olímpicos que já tinham renunciado a participar.
Assim, será a primeira vez na longa história olímpica que há um adiamento da prova – em 1916, 1940 e 1944 os Jogos Olímpicos (JO) foram anulados devido às Guerras Mundiais – numa decisão que não apanhou ninguém de surpresa.
“Esta foi a decisão mais sensata que os responsáveis políticos e desportivos poderiam tomar. Para nós, que estamos há muito anos intimamente envolvidos no fenómeno desportivo, pode parecer ser uma decisão fácil, mas para quem tem de decidir é muito mais complexo”, assumiu o técnico nacional de marcha e director técnico regional na Associação de Atletismo de Leiria, Carlos Carmino.
A mesma opinião é partilhada por Cátia Ferreira. Ela é a treinadora de Evelise Veiga (Sporting CP), atleta leiriense que já tinha garantido a marca olímpica no triplo salto, sendo que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 iriam representar a estreia absoluta no da atleta natural de Cabo-Verde naquele que é o maior evento desportivo do mundo.
“Era uma decisão inevitável. Estou 100% de acordo com a decisão do COI porque me primeiro lugar está a saúde de todos nós”, sublinhou Cátia Ferreira, acrescentando compreender a demora na tomada de posição por parte da instituição que organiza os Jogos: “São muitas coisas que estão em causa e muito dinheiro envolvido”.
“Não seria possível realizar, no próximo Verão, em lugar nenhum deste planeta, uns Jogos Olímpicos justos e sem os elevados riscos que comporta juntar tantas pessoas oriundas de países com diferentes níveis de evolução da pandemia”, completou Carlos Carmino.

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