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Câmara admite encerrar ecopista para evitar “abusos” na utilização


Quinta, 26 de Março de 2020

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, admitiu ontem a possibilidade de proceder ao encerramento dos acessos à Ecopista do Dão para evitar aglomerados de pessoas como se terão registado no fim-de-semana passado.
O autarca defendeu uma utilização “racional” do equipamento que liga Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, através da antiga Linha Ferroviária do Dão, e explicou que foram colocados avisos a recordar às pessoas que não são permitidas actividades lúdicas e desportivas colectivas e que as pessoas podem ser punidas por lei no âmbito do Estado de Emergência que está em vigor.
O mesmo é válido para outros espaços como o Parque Aquilino Ribeiro e o Parque Urbano de Santiago, lembrou o edil, explicando que as autoridades já foram alertadas.
À agência Lusa, o comandante distrital da PSP de Viseu contou que está “a apertar mais a vigilância, mas numa postura de sensibilização” e, até à data, “ainda não houve qualquer medida de intervenção por desobediência, as pessoas têm tido boa recepção das recomendações” da força de segurança.
“Temos recebido algumas denúncias, mas o que se tem verificado é que quando chegamos ao local as pessoas já nem lá estão. No início, havia mais ajuntamentos, agora as pessoas estão mais conscientes. Depois, há um ou outro caso pontual como, por exemplo, à porta de restaurantes na venda de comida para fora, as pessoas acabam por se juntar na rua”, contou Vítor Rodrigues.
O comandante acrescentou que, segundo os agentes, “já houve uma ou outra intervenção de sensibilização e informação”, porque, numa das vezes, “as pessoas compraram as bifanas e umas cervejas e ficaram na rua a comer e a beber”.
“É expressamente proibido o consumo de bebidas alcoólicas na via pública”, tendo em conta o Estado de Emergência que se vive, explicou o comandante, que disse que “após o aviso por parte dos agentes o grupo acatou as instruções e dispersou, como tem acontecido sempre”.
Também o oficial do Gabinete de Relações Públicas do Comando Territorial de Viseu da GNR contou à agência Lusa que “o patrulhamento foi reformulado” e que estão a “readaptar a vigilância, tal como toda a gente se está a readaptar a estes novos tempos”. “A GNR tem feito um trabalho mais de sensibilização e pedagógico”, disse.
“As pessoas não estão proibidas de fazer a sua caminhada e nós estamos a sensibilizar, nomeadamente na ecopista, para que mantenham o distanciamento adequado e de segurança e o façam sozinhos ou, no máximo, duas pessoas e as pessoas têm acatado bem as nossas orientações”, explicou o tenente-coronel Adriano Resende.
Entre os locais que a GNR tem vigiado estão as associações locais e os centros culturais das localidades, nomeadamente os que têm bar aberto à população” e, aqui, o responsável explicou que “tem havido alguma intervenção na sensibilização de que só pode estar aberto se vender para fora e estão proibidos os ajuntamentos lá dentro”.
“Sabemos que muitas pessoas de idade estão habituadas a passar as suas tardes a jogar às cartas, cada um no seu lado da mesa, mas estamos a dar instruções para não o fazerem, não é permitido, e, até à data, as pessoas estão a respeitar as nossas orientações e ainda não verificámos que voltassem ao mesmo”, explicou Adriano Resende. |


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