Jornal defensor da valorização de Aveiro e da Região das Beiras
Fundador: 
Adriano Lucas (1925-2011)
Diretor: 
Adriano Callé Lucas

Covid-19: Politécnicos de Leiria e Viseu juntam-se e criam dois protótipos de ventiladores


foto: Antara Foto Agency - Reuters Segunda, 23 de Março de 2020

Os Politécnicos de Viseu e Leiria anunciaram ontem que desenvolveram, no espaço de uma semana, com apoio de uma rede, dois protótipos de ventiladores para tentar dar resposta à escassez destes equipamentos, face à pandemia da Covid-19. As duas instituições, com a colaboração de uma rede de politécnicos de Norte a Sul do país e de empresas, desenvolveram dois protótipos de ventiladores que poderão depois ser fabricados em série, após um processo de licenciamento, afirmou à agência Lusa o presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), João Monney Paiva.
A ideia surgiu há uma semana e uma equipa de cerca de 15 a 20 pessoas dos dois politécnicos começou a desenvolver dois protótipos de ventiladores de emergência - um baseado na operação de um motor eléctrico e outro a funcionar com base em ar comprimido pneumático -, explicou.
Com base num modelo de acesso livre disponibilizado pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology), a equipa, que contou sempre com o acompanhamento de médicos, terminou no sábado, por volta das 23h00, os primeiros dois protótipos, estando ainda a ser desenvolvido um terceiro sistema, referiu.
“Pensámos no que seria possível fazer para ajudar as pessoas. Esperemos que nada disto seja necessário, mas, caso seja, que ajude a não passar por situações de falta de recursos e de se ter que escolher em que doente se aplicam”, vincou o presidente do IPV.
Agora, a expectativa é que empresas se mostrem interessadas em avançar com um processo de licenciamento junto do Infarmed e a disponibilidade de fabricar os ventiladores em série, referiu. “Queremos sensibilizar o Infarmed para que possibilite uma análise mais expedita e, se virem que este equipamento é crítico, que façam uma avaliação mais rápida”, salientou o responsável.
Ao mesmo tempo, a equipa disponibilizou um email ([email protected]) para empresas e instituições poderem ajudar no projecto, seja na melhoria dos protótipos, seja no fornecimento de componentes e equipamentos que serão necessários na sua produção em série, como por exemplo células de oxigénio, disse.
Segundo João Paiva, está já montada uma rede de politécnicos de Beja, Bragança, Cávado e Ave, Guarda, Lisboa, Tomar e Viana do Castelo, disponíveis a colaborar com máquinas usadas em contexto de aulas ou de investigação para apoiar na produção dos ventiladores. 




Suplementos


Edição de Hoje, Jornal, Jornais, Notícia, Diário de Coimbra, Diário de Aveiro, Diário de Leiria, Diário de Viseu