Duas utentes do Centro Social e Paroquial da Pedrulha acusaram positivo no teste de Covid-19, deixando em alerta toda a comunidade local, com dezenas de pessoas em quarentena. A cadeia de contágio, já identificada pela Direcção-Geral de Saúde, só foi tornada pública pela União de Freguesias de Coimbra, que, ainda que sendo uma entidade administrativa, teve dificuldades em obter informações das entidades oficiais de saúde.
Assim que soube, a autarquia publicou um apelo na rede social facebook, pedindo às pessoas que ficassem em casa, adoptando «medidas de contenção, nomeadamente desinfectando as mãos». A União das Freguesias de Coimbra «está a acompanhar a situação ao minuto e a tentar acompanhar os casos sociais que identificou ou nos foram reportados», lê-se na mensagem.
Ao Diário de Coimbra, João Francisco Campos adiantou que o primeiro caso detectado, confirmado no dia 15, refere-se a uma pessoa de fora, mas frequentadora do Centro. O segundo, confirmado ontem, já é de uma utente da Pedrulha.
Entre os seniores utentes do Centro de Dia e colaboradores contam-se «dezenas de pessoas». Em movimento, para suas casas ou para locais públicos. A primeira utente, adianta o autarca, estava com sintomas e teve de ir três vezes ao hospital, antes de ser submetida ao teste de coronavírus. A primeira vez foi «no dia 9 e voltou mais duas vezes», pormenoriza, considerando «inadmissível» que tenham mandado a senhora embora, porque, lamenta, mesmo com sintomas os testes não são efectuados de imediato. Com Codiv-19 confirmado no dia 15, passou quatro ou cinco dias em contactos sociais. O Centro, agora encerrado, prestava também apoio domiciliário.
Mas há mais casos, alerta João Francisco Campos, ao referir-se a suspeitas de contágio numa pessoa residente no Bairro Sousa Pinto. Foi mandada para casa com indicação para tomar paracetamol, critica, ao notar que nem sequer foi considerada a situação social vulnerável da pessoa. No caso, foi a autarquia que providenciou o medicamento. |
