Para o Primeiro-ministro, António Costa, “a medida mais eficaz para apoiar o rendimento das famílias é garantir emprego” e por isso só as empresas que garantirem a manutenção de postos de trabalho podem aceder a linhas de crédito. “Garantir emprego, emprego, emprego” é um apelo que o líder do Governo fez depois de uma reunião do Conselho de Ministros convocada para debater as medidas de apoio social e económico para a população afectada pela pandemia de COVID-19. “Por isso condicionámos as linhas de crédito [de apoio às empresas] à manutenção dos postos de trabalho”, informou.
Na quinta-feira, António Costa apresentara um primeiro lote de medidas para fazer face à pandemia e na sexta-feira à noite deu conta de novas iniciativas legislativas. As medidas decididas são um “esforço específico para estes três meses [Março, Abril e Maio]”, disse.
O Primeiro-ministro admitiu que “com grande probabilidade não será daqui a 15 dias” que as razões para declarar Estado de Emergência “terão desaparecido” e as consequências a vários níveis serão sentidas por todos. “Não podemos evitar que esse impacto exista, mas não podemos aceitar que esse impacto se torne irreversível”, afirmou. Perante a incerteza sobre a evolução da pandemia, sublinhou que “há algo absolutamente certo”, que é a necessidade de nos “preservamos colectivamente até Junho”, para depois avaliar os danos “e perspectivar um futuro em conjunto”. Para isso “é essencial que as empresas que hoje existem não fechem as portas definitivamente”, avisou.
