Fundador do Diário de Aveiro, Adriano Mário da Cunha Lucas (14/12/1925 - 21/03/2011) faleceu há precisamente nove anos. À data do seu falecimento, o engenheiro Adriano Lucas era o decano dos dirigentes da Imprensa em Portugal. Liderou o Diário de Coimbra durante seis décadas, jornal fundado em 1930 pelo seu pai, Adriano Viégas da Cunha Lucas (1883-1950). Fundou o Diário de Aveiro em 1985, bem como o Diário de Leiria (1987) e o Diário de Viseu (1997). Criou ainda a FIG – Indústrias Gráficas onde, entre outros, são impressos dezenas de jornais regionais.
Participou activamente na elaboração da primeira Lei da Imprensa da democracia, pós 25 de Abril, batendo-se em diversos palcos nacionais e internacionais pela defesa da independência da imprensa face aos poderes políticos e económico-monopolistas e pela valorização da imprensa regional.
Liberal e regionalista convicto, Adriano Lucas foi reclamando para Portugal, nos seus editoriais, um conjunto de reformas estruturais para tornar o país menos centralizado, mais justo e competitivo, e através dos seus jornais assumiu várias iniciativas com vista à defesa de causas importantes para a região que ainda nos dias de hoje mantêm grande actualidade e pertinência.
Adriano Lucas foi ainda um empresário de grande dimensão, tendo criado e dirigido várias empresas em diversos sectores.
O Diário de Aveiro recorda com muita saudade o seu Fundador (cujo nome figura na primeira página do jornal). Devido ao estado de emergência que se vive no país, e ao contrário do que tem sucedido nos últimos anos, a missa do nono aniversário do seu falecimento não será celebrada hoje na Igreja de Santa Cruz.