Ovar viveu, ontem, o seu primeiro dia de quarentena geográfica devido ao estado de calamidade pública resultante de vários casos locais de infecção por COVID-19 e os ânimos dividem-se entre pânico nas compras, tranquilidade doméstica e carência informativa.
“As pessoas não sabem o que fazer”
Com 70 postos de controlo fronteiriço nos limites com os concelhos contíguos de Espinho, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e Estarreja, as filas de carros sucedem-se e cerca de 90 agentes da GNR questionam os automobilistas sobre os motivos da sua deslocação.
António Pereira foi um dos que ficou chateado por ter visto barrada a sua saída e, por telefone, explicou a situação à Lusa. “O meu pai vive em Santa Maria da Feira, tem Alzheimer e está com acompanhamento domiciliário até às 16 horas, mas depois dessa hora era eu que ficava com ele e a polícia não me deixa passar. Então isto do acompanhamento de familiares idosos não era uma das excepções?”.