Em Dezembro passado, quando foi alvo de uma homenagem por parte do Agrupamento de Escolas e da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, Teresa Machado compareceu já bastante combalida, resultado de uma dura luta que vinha travando contra o cancro. A antiga atleta olímpica, campeã e recordista nacional de lançamento do disco e do peso morreu na sexta-feira, aos 50 anos.
A notícia provocou uma comoção generalizada. Foram várias as reacções de pesar – e não apenas na sua terra-natal ou no universo do atletismo. A Associação de Atletismo de Aveiro realçou que o “atletismo aveirense está de luto”, falando de Teresa Machado como “uma das maiores atletas aveirenses de sempre” e “a melhor lançadora portuguesa de sempre”. A atleta “mantém vários recordes de Aveiro e os recordes nacionais no lançamento do disco (1 kg), alcançado em 3 de Maio de 1998 em São Jacinto, e o do peso (4 kg), em Espinho a 7 de Fevereiro de 1998”, sendo estas algumas das “marcas de uma carreira de sucesso”. “Ficámos mais tristes e mais pobres”, assinalou a Federação Portuguesa de Atletismo, evocando Teresa Machado como uma “campeã” e “a primeira lançadora de grande nível internacional que o atletismo português conheceu”.
A ilhavense começou a carreira ao serviço do Galitos, clube de Aveiro que representou em 1985 e 1986. A colectividade aveirense associou-se à homenagem, sublinhando que “Aveiro perdeu uma das suas maiores atletas de sempre”. “Com o seu treinador, Júlio Cirino, percorreram um caminho singular e apenas reservado aos melhores”, escreveu a Direcção do clube, que lhe dedicou um capítulo num livro, da autoria de Nuno Gonçalo da Paula, em que homenageia todos os seus atletas olímpicos.