O Ministério Público (MP) de Leiria considerou, ontem, que existem “indícios suficientes” para levar a julgamento os arguidos do processo de reconstrução de casas ardidas no incêndio de Pedrógão Grande de 17 de Junho de 2017, nomeadamente os três que pediram a abertura da instrução, Valdemar Alves, presidente daquela autarquia, o ex-vereador Bruno Gomes e o construtor civil, João Paiva.
No debate instrutório de ontem – em que o único arguido presente na sessão foi o construtor civil, João Paiva-, a magistrada do MP sustentou todos os crimes imputados aos arguidos que constam na acusação, considerando “haver indícios suficientes para que os factos imputados aos arguidos”, com o “consequente despacho de pronúncia”. “Há indícios suficientes. O arguido Bruno Gomes vem referir que integrou o Gabinete Operacional de Recuperação e Reconstrução [GORR] não de forma formal, mas na sua qualidade de técnico, mas os cargos foram atribuídos por funções políticas e, na altura, era vereador”, afirmou a magistrada.