Uma rapariga “magricelas” e “franzina” que nunca foi uma maria-rapaz e que sempre brincou “com bonecas e casinhas”, que começou tarde a praticar desporto, que nunca teve “dinheiro suficiente” e que por isso teve de “lançar mãos à obra à procura de patrocínios”. Elisabete Jacinto tem um longo currículo no mais mítico de todos os ralis – o Rali Dakar – e ontem esteve em Ílhavo a contar a sua história, feita de sucessos mas também de muitos revezes. “É nas derrotas que mais se aprende”, disse no Ílhavo Sports Meeting, que encheu a Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.
A piloto do Montijo, hoje com 55 anos, começou por “puxar dos galões”, lembrando os feitos da carreira. Um dos mais marcantes foi quando, em 2001, terminou “finalmente” o Dakar pela primeira vez, numa moto. Ou quando, em 2019, venceu a Africa Eco Race, num camião.