Em entrevista ao Diário de Aveiro, Jorge Almeida, presidente da Câmara Municipal de Águeda, faz um balanço da primeira metade do mandato. Diz estar a ser um mandato mais intenso, porque o município se encontrava num patamar elevado e, para o manter, a intensidade do desempenho tem que estar à altura. Mas considera que tem sido conseguido. Deixa claro que a Saúde é uma das áreas onde a autarquia mais tem apostado, criticando a falta de investimento estatal na Saúde Pública.
Confessa que, por vezes, lhe apetece deixar o cargo, e não tem dúvidas que, actualmente, “ser presidente de uma câmara, é um acto de loucura”. Estas e outras questões, são abordadas, sem tabus, ao longo desta entrevista.
Diário de Aveiro: Estamos a meio do mandato. Qual o balanço que faz dos dois primeiros anos a frente do Executivo, sendo que já foi vereador, e agora, pela primeira vez, está a liderar o Executivo municipal?
Jorge Almeida: Naturalmente que existem diferenças entre ser vereador e presidente. Existe um conjunto de obrigações, enquanto presidente, que me impedem de fazer o que quero fazer e gosto, que é estar mais próximo das populações. Em termos de balanço, o que posso dizer é que este mandato tem sido mais intenso, sem dúvida. Tínhamos a noção que o município chegou a um ponto muito alto, e mais difícil é manter-mo-nos lá em cima. E isso tem implicado um trabalho muito intenso, mas creio que temos conseguido. Águeda continua a ser uma referência num conjunto de situações, a última das quais foi num concurso mundial termos recebido uma menção de ouro em termos de cidade com boa qualidade de vida.