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“Parece que existe um cerco aos autarcas”


Rui Cunha Terça, 29 de Dezembro de 2020

O Eco-Parque Empresarial é uma das “grandes bandeiras” de Estarreja, com novos grandes investimentos na calha, como os da Ineos ou da Nike. Diamantino Sabina, presidente da Câmara desde 2013, fala sobre a realidade do concelho, não escondendo problemas na saúde ou na habitação. Mas o balanço do seu trabalho é positivo. “O que está a acontecer supera as nossas expectativas”, diz o autarca de 49 anos eleito pela coligação PSD/CDS. A entrevista começa com a operação Ajuste Secreto, de que o vice-presidente da Câmara é um dos arguidos. Adolfo Vidal pôs o lugar à disposição mas Diamantino Sabina travou a sua saída. “Não permiti que se fosse embora”, conta ao Diário de Aveiro

Diário de Aveiro: O vice-presidente da Câmara, Adolfo Vidal, é um dos 68 arguidos do processo Ajuste Secreto, relacionado com crimes de corrupção, tráfico de in­flu­ên­cias, peculato e outros crimes económicos.Diamantino Sabina: É uma profunda injustiça. Tenho absoluta consciência que o eng. Adolfo nada fez de errado. Na fase de inquérito juntámos ao processo prova de sobra a deitar por terra tudo aquilo de que é acusado. Para nossa surpresa nada foi mudado na acusação, o que nos causou grande estranheza. Parece que existe um cerco aos autarcas e estamos cada vez mais sujeitos a que nos aconteçam coisas deste género. Acresce o tratamento da informação, a forma como correm os processos judiciais e como a comunicação social trata as notícias. O pior é que a opinião pública já está formada… E independentemente das nossas missões e do muito tempo e sacrifício que dedicamos a isto, ainda estamos sujeitos a este jugo de, a qualquer momento, sermos acusados de um crime, ainda que o não tenhamos cometido. Temos a certeza que, na próxima fase do processo, as coisas vão ficar por ali, mas o nome do eng. Adolfo já não deixa de ficar com estas escusadas “cicatrizes”. A justiça deve cumprir o seu papel na defesa dos cidadãos, os autarcas não estão acima da lei e o escrutínio deve existir. Mas os autarcas correm cada vez mais riscos e mesmo os que trabalham com seriedade em prol do bem público podem ser rotulados do contrário, mesmo que não tenham feito mal algum.

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