“E porquê eu?” A pergunta - tão pertinente como uma mais conhecida “e se fosse consigo?” - é o ponto de partida de “Antes Que Matem os Elefantes”, o novo espectáculo da coreógrafa Olga Roriz, que estreia, amanhã, no Centro Cultural de Ílhavo, de forma a assinalar o Dia Mundial da Dança. Mas aquele “e porquê eu” pode também ser o ponto de chegada. O destino final de quem se vê numa encruzilhada sem saída. Sem esperança.
“Antes que Matem os Elefantes” é uma peça que leva para o palco a realidade que nos rodeia: cheio de detritos humanos que se tentam reconstruir sustentados no caos que se tornou o mundo. Uma realidade que não pede luzes, música ou aplausos, mas cabe em qualquer arte. Em forma de alerta. De eco, mudo, neste caso.
Foto: Paulo Pimenta
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