Marcar uma grande penalidade não é para qualquer um. Requer arte para enganar, arte para chutar e sangue frio na hora de partir para o “cara-a-cara” com o único obstáculo que tem pela frente, o guarda-redes, também ele pronto para desfazer a alegria do jogador. Durante o jogo, ninguém se lembra que o penálti pode ser uma “lotaria”. Mas se o momento desse jogo for determinante para o desfecho, lá vem a lenga-lenga da “lotaria”.
“Não pensei nisso. No momento que chegou a minha vez de marcar, apenas fiz o que sempre faço, concentrar-me e marcar como costumo fazer”. Simples. Yannick Semedo, médio do Beira-Mar, viu o seu nome ecoar nas últimas horas por força do penálti que decidiu a passagem dos “auri-negros” à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. “Naquela hora, só procurei estar calmo. Estava confiante e não pensei muito em como bater a bola. Já marquei vários e até costumo marcar como o fiz, para cima, procurando tirar a bola do alcance do guarda-redes”.