Há quem visite S. Tomé e Príncipe para descansar, fazer praia e apreciar a sua imensa beleza natural. Elza Almeida, médica cirurgiã de Coimbra, viajou sobretudo pelas gentes daquele país africano, desafiada por um colega santomense para ajudar a minimizar um pouco as carências ali sentidas ao nível da saúde. Gastou as férias que tinha para gozar este Verão, pagou viagens e alojamento do próprio bolso, realizou 42 cirurgias em condições difíceis, mas regressa de coração cheio e com a certeza de que «muitos pequenos contributos» como o seu «podem melhorar as condições de vida daquele país». Ao Diário de Coimbra, a cirurgiã, actualmente a trabalhar no Centro Hospitalar de Leiria e Pombal, fala de «uma experiência inesquecível, a nível profissional mas sobretudo humano e emocional».
A ideia nasceu de uma conversa com o colega Stock Martinho, médico imagiologista a trabalhar em unidades privadas da região de Leiria. «É uma pessoa que admiro por sempre ter permanecido atento ao país natal, não sendo alheio às dificuldades sociais e às carências dos serviços de saúde», refere.
