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Pedrógão Grande: Os novos guardadores de rios


Fernando Peixeiro (Lusa) / Foto: António Cotrim (Lusa) / Legenda: Pedro Teiga, especialista em reabilitação de rios, e a técnica superior de ambiente Sofia Carmo, junto a uma ribeira Segunda, 26 de Agosto de 2019
No Lagar do 25, entre as aldeias de Valongo e Troviscais Cimeiros, a ribeira de Frades tem salgueiros e cheira a erva cidreira. Começou ali um olhar novo sobre técnicas antigas de cuidar dos rios e ribeiras. O novo olhar é a recuperação de forma natural das linhas de água afectadas pelos grandes incêndios de 2017 e 2018, usando técnicas antigas, produtos locais, aproveitando árvores queimadas e ramos secos para fazer diques e consolidar margens.O concelho de Pedrógão Gran­de foi o primeiro a ser afectado nos incêndios de 2017 e foi nele, nas ribeiras de Frades e de Pera, que se iniciaram as intervenções de regularização fluvial, financiadas pelo Fundo Ambiental, que hoje já atingem 950 quilómetros de linhas de água de 67 concelhos, num investimento superior a 16 milhões de euros.Em Pedrógão Grande o projecto começou em Novembro de 2018 e terminou em Junho, explica Margarida Guedes, vice-presidente da Câmara, que o considera “absolutamente importante” já que envolveu todas as ribeiras do concelho, que “estavam em péssimo estado”.“Sem esta intervenção do Ministério do Ambiente, do Fundo Ambiental, não teríamos conseguido fazer o que fizemos, porque são montantes elevados, de mais de meio milhão de euros”, diz a autarca à Lusa junto do açude do Gravito, na Ribeira de Pera, lembrando também o envolvimento nos projectos de todo o concelho, desde escolas a associações e proprietários. Ao todo foram 69 pontos de intervenção de engenharia natural nas quatro ribeiras do concelho, em zonas mais debilitadas (34,5 quilómetros), removendo sedimentos, recuperan­do margens, consolidando-as, trazendo espécies autóctones de volta, tudo de forma natural, sem máquinas e sem betão. “Conseguimos recuperar a grande maioria dos pontos importantes”, diz Margarida Guedes.
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