Nos últimos anos, o Festival do Bacalhau tem convidado uma comitiva de um país onde o bacalhau tem um papel preponderante na gastronomia local. Depois de cidades da Islândia, Espanha e França, na edição deste ano o país convidado foi Itália, mais propriamente Imperia, um município que se localiza no Norte, junto à zona costeira do Mediterrâneo.É ali que o Comitato di San Giovanni e a Accademia dello Stocafisso organizam a Ineja, uma festa anual dedicada ao seu patrono San Giovanni Battista na qual, para além da sua componente religiosa, são promovidos jogos infantis, exposição de “stands” comerciais e institucionais, serões musicais, exposições de artesanato e produtos locais, e onde a boa comida pode ser degustada, nomeadamente o bacalhau. Um evento e uma confraria em tudo semelhantes ao Festival do Bacalhau e à Confraria Gastronómica do Bacalhau. Motivos que levaram, ontem à tarde, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo a afirmar que “o bacalhau e o mar são, claramente, o que nos une”. Na cerimónia protocolar integrado no dia de Itália no Festival do Bacalhau, Fernando Caçoilo frisou que “é através destas parcerias que, no fundo, transmitimos aquilo que de bom se faz no nosso município e que faz parte da nossa história”. Lembrou, por isso, no seu discurso, que o Festival do Bacalhau serve de homenagem à memória e passado dos pescadores que partiam por “seis a oito meses” nos bacalhoeiros para, com sacrifício e muitas vezes sem darem notícias, apanharem bacalhau nos mares gelados da Gronelândia ou TerraNova. “Foi dessa forma que criaram história e um factor social importantíssimo. Hoje, se realizamos este evento, é em honra deles”, salientou o edil ilhavense, comparando Ílhavo a Imperia com a realização da Ineja nos últimos 40 anos.
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