Há os que acreditam no “amor à primeira vista”. E também há os que se deixam “levar pelo coração”. No Miradouro da Sarnadela, ali, bem no alto de Janeiro de Cima, é a vista quem mais ordena e é quem, efectivamente, “leva o coração”. Não é difícil perceber que, ali, naquele lugar elevado, onde a vista é panorâmica, nem todos os provérbios fazem sentido. É o caso do popular “longe da vista, longe do coração”. A paisagem que se apresenta é impressionantemente deslumbrante. O ditado até podia manter o primeiro “longe”, mas o segundo...Estive, ali, sentado no banco de madeira, no Miradouro da Sarnadela, a mirar as curvas do Zêzere e os altos e baixos da montanha portuguesa. Ali, sentado, na paz do silêncio e na beleza do olhar, percebe-se que a vida ainda nos pode oferecer a oportunidade de ser esplendorosamente vivida ao segundo. Em Janeiro de Cima, há tanto a fazer sentido. Até o que os japoneses dizem, quando nos apresentam o provérbio “ao erguermos a vista, não vemos fronteiras”. É só preciso querer “ler nas entrelinhas”...
Leia a notícia completa na edição em papel.