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Estudo do Infarmed revela que protectores solares utilizados em Portugal são seguros


Quinta, 25 de Julho de 2019

Todos os protectores solares avaliados este ano pela Autoridade Nacional de Medicamento apresentam um factor de protecção correspondente ao declarado na embalagem, cumprindo os requisitos de qualidade e segurança.

O laboratório do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), através de 245 ensaios, analisou 35 protectores solares com factores de protecção solar entre 30 e 50+, que foram colhidos entre Maio e Junho de 2019 em diversos pontos da cadeia de distribuição, nomeadamente, distribuidores e locais de venda ao público como farmácias e supermercados. A análise laboratorial destes produtos cosméticos incidiu nas vertentes química e microbiológica, designadamente, determinação do Factor de Protecção Solar in vitro e avaliação da qualidade microbiológica.

A conformidade dos produtos foi avaliada em função dos limites estabelecidos para crianças, uma vez que, embora alguns produtos não mencionem que se destinam a crianças, poderão, eventualmente, ser utilizados também em crianças.

Do ponto de vista laboratorial, os 35 produtos analisados apresentaram “um factor de protecção solar correspondente à categoria declarada no rótulo”, revela o estudo do Infarmed, a que a agência Lusa teve acesso.

Relativamente à qualidade microbiológica, “todos os produtos analisados cumpriram os limites estabelecidos no referencial normativo aplicável para os parâmetros avaliados”, adianta o Infarmed, a entidade responsável em Portugal pela supervisão dos produtos cosméticos. Assim, o estudo conclui que, “do ponto de vista da qualidade e segurança, os 35 protectores solares encontram-se em conformidade, considerando a legislação em vigor e os métodos implementados”.

A maioria dos produtos analisados era proveniente da União Europeia (91,4%), sendo os restantes dos Estados Unidos e Brasil (8,6%), sendo as formas de apresentação analisadas variadas: spray (nove), creme (oito), loção (oito), leite (seis), gel (três) emulsão (um).

O Infarmed adianta que seis protectores (17,1%) não incluem na sua rotulagem a tradução para língua portuguesa conforme é recomendado, mas salienta que “não foi verificada nenhuma não conformidade crítica que pudesse conduzir à necessidade de adopção de medidas correctivas ou restritivas, nomeadamente a recolha de produtos do mercado”. “Genericamente, considera-se que as pessoas responsáveis dos produtos cosméticos de protecção solar analisados estão informadas quanto às suas obrigações legais, e são conscientes do papel importante que desempenham na prevenção de problemas associados à exposição excessiva ao sol”, lê-se no relatório.

Esta acção de supervisão do mercado de protectores solares do Infarmed foi planeada e realizada à semelhança do que já aconteceu em anos anteriores, tendo em consideração “a importância dos protectores solares em termos de saúde pública e a sua utilização por um elevado número de consumidores em Portugal, de todas as faixas etárias”.

A Autoridade Nacional do Medicamentou adverte que, “mesmo utilizando protectores solares seguros e de qualidade, devem ser conhecidas e respeitadas as precauções a ter com a protecção solar”. Nesse sentido, lembra as precauções a ter para prevenir queimaduras solares e o cancro da pele, como usar sempre um protector solar com um factor de protecção adaptado ao tipo de pele, aplicá-lo 20 a 30 minutos antes da exposição solar, que deve ser evitada entre as 12 e as 16:00.

Lembra ainda que os dias nublados também exigem o uso de filtro solar, pois nestes dias 40 a 60% da radiação solar atravessam as nuvens e chegam à superfície da Terra.


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