A ex-funcionária da Caixa Geral de Depósitos (CGD) da Figueira da Foz que desviou 54 mil euros das contas de clientes, entre os quais familiares, foi ontem condenada pelo Tribunal de Coimbra a quatro anos e três meses de prisão. A pena, que resulta do cúmulo jurídico dos quatro crimes de que era acusada, fica suspensa, com o colectivo de juízes a atender à confissão integral, à situação pessoal da arguida de 43 anos e, também, «ao que tem feito para reparar a asneira». Os quatro crimes dados como provados - falsificação informática agravada, peculato, falsificação de documento e branqueamento – «são punidos de forma severa», observou o juiz Miguel Veiga, durante a leitura do acórdão, ao notar que o Tribunal ponderou, na definição do cúmulo jurídico, a gravidade dos crimes, mas «não foi insensível ao enquadramento pessoal, profissional e familiar» da arguida, nem ao «relevante percurso» posterior, em que tem tentado ressarcir as vítimas. Nomeadamente os ex-sogros, com depósitos mensais de cerca de 130 euros na respectiva conta bancária.
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