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Cerâmica Antiga de Coimbra (re)nasce em “ferida aberta” da cidade


Quarta, 03 de Julho de 2019
«A vida deste lugar reside na sua imaterialidade e com este projecto aprendi que a arquitectura pode ser a consolidação do pré--existente e que é possível desenvolver uma relação de amor com um espaço em que o que interessa é a sua essência». Foi assim, com a voz embargada, que a arquitecta Luísa Bebiano falou, na cerimónia de entrega do Prémio Vilalva 2017, do projecto de reabilitação do edifício da Cerâmica Antiga de Coimbra, desenvolvido em co-autoria com Carlos Antunes e Desirée Pedro, do Atelier do Corvo.O júri avaliou mais de 40 candidaturas e decidiu premiar este projecto pelo seu interesse «na recuperação de património cultural numa zona menos valorizada, uma ferida aberta na cidade de Coimbra», realçou António Lamas, presidente do júri. Teresa Gouveia, administradora da Fundação Calouste Gulbenkian, sublinhou a importância deste prémio na valorização de iniciativas, de foro privado, relacionadas com a recuperação de património. A Cerâmica Antiga de Coimbra é, desta feita, «mais um caso expressivo do que gostamos de valorizar: um projecto de dimensão pequena e construção contemporânea mas que mantém o traço original». Apesar das «variadas tentativas de demolição do imóvel por parte da autarquia», como realçou António Lamas, o júri entendeu dar destaque a este espaço também pela sua localização.
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