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ONU reforça presença dos capacetes azuis na República Democrática do Congo


Quinta, 27 de Junho de 2019

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai reforçar a presença dos capacetes azuis na província de Ituri, nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), por considerar "frágil" a segurança da população local, foi hoje divulgado. De acordo com o portal de notícias da República Democrática do Congo (RDCongo) Actualite.cd, o tenente-coronel Claude Raoul Djehoungo, porta-voz militar da Missão das Nações Unidas na RDCongo(MONUSCO), disse na quarta-feira que a prioridade da missão da ONU é a província de Ituri, onde a situação de segurança permanece frágil em Djugu, Mahagi Bunia e arredores, por causa da violência que continua a atingir a população civil.

Durante uma conferência de imprensa em Kinshasa, Djehoungo disse que o dispositivo de segurança foi reforçado na província de Ituri, com o estabelecimento de uma equipa adicional com helicópteros de combate com um triplo objetivo: continuar a garantir a protecção das populações com uma presença preventiva e dissuasora; facilitar o acesso da ajuda aos deslocados internos com grande necessidade, e estar ao lado das Forças Armadas da República Democrática do Congo na luta contra os autores da violência. "Deve ser lembrado que o nosso dispositivo na área é de cerca de mil homens para cobrir um território de mais de 65.658 quilómetros quadrados, o equivalente a duas vezes o território da Bélgica. A MONUSCO está determinada em fazer todos os esforços para apoiar as autoridades civis e militares no seu compromisso de trazer a paz e a estabilidade na região", reforçou.

Segundo os dados da Agência de Refugiados das Nações Unidas, desde o início de Junho, a intensa violência intercomunitária no território de Djugu forçou mais de 300 mil pessoas a fugir e buscar refúgio nos territórios vizinhos.

O governador da província de Ituri, Jean Bamanisa Saidi, disse que os conflitos armados fizeram mais de 160 mortos só entre 10 e 12 de Junho. O comandante adjunto da MONUSCO, general Bernard Commins, também visitou a localidade de Bunia na semana passada, para se reunir com representantes civis, militares e líderes religiosos, com o objetivo de reavaliar a situação das populações locais, a fim de identificar as medidas militares a serem tomadas pela ONU.

O Conselho de Segurança da ONU prorrogou por unanimidade até 20 de Dezembro o mandato da sua força de paz na RDCongo, cujo orçamento anual é de cerca de 1,11 mil milhões de dólares (960 milhões de euros).

A ONU conta com a presença de 16.215 militares, 660 observadores militares, 391 polícias e 1.050 polícias especializados na RDCongo.


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