Os jogadores, dirigentes e equipa técnica da formação sénior masculina da Escola Livre de Azeméis viveram momentos de terror no final do jogo de sábado, em Valongo, ao serem agredidos por um grupo de adeptos alegadamente afectos à equipa da casa. Domingos Guimarães, que já vestiu a camisola do Valongo, teve mesmo que ser assistido no Hospital S. João, no Porto.
“Parecia um ataque organizado”, recordou o treinador Domingos Guimarães dois dias após as agressões de que foi alvo em Valongo e quando já estava em casa após receber tratamento hospitalar. Tudo aconteceu segundos após o término da partida, que os “escolares” perderam frente ao Valongo B e que permitiu ao conjunto da casa festejar a conquista do título da 3.ª Divisão Nacional a uma jornada do fim da Fase de Apuramento de Campeão.
O técnico, que já foi jogador/treinador do Valongo, entre 1990 e 1992, foi quem sofreu as maiores agressões, ao ponto de ficar estendido no chão inanimado. “Sem motivo nenhum começaram a agredir-me com pontapés e murros. Tentei defender-me, mas era muita gente. Fui empurrado, bati com a cabeça e fiquei tonto. Senti pontapés na cabeça, na cara e no ombro até que deixei de sentir porque desmaiei e não me lembro de mais nada”, recordou o treinador que conduziu a Escola Livre de Azeméis à subida à 2.ª Divisão Nacional.