O município da Feira e a Fundação Calouste Gulbenkian assinam, hoje, um protocolo para financiamento do projecto Lab InDança, que, ao longo de três anos, pretende desenvolver as capacidades expressivas e sociais de portadores de deficiência.
Envolvendo três a sete horas semanais de aulas no Imaginarius Centro de Criação, sob a direcção artística da coreógrafa Clara Andermatt, o projecto tem um custo global na ordem dos 74.400 euros, será comparticipado pela Gulbenkian em cerca de 23.110 euros, e deverá envolver perto de 30 utentes de instituições sociais da Feira.
Emídio Sousa, presidente da autarquia, declarou à Lusa que o município já vinha desenvolvendo actividades no domínio da dança inclusiva desde 2015, mas reconhece que o apoio da Gulbenkian proporcionará agora ao projecto “mais aulas e mais participantes, levando cidadãos que enfrentam dificuldades de aprendizagem e barreiras de relacionamento social a contactarem com uma arte que os pode ajudar noutras áreas da sua vida”.
Clara Andermatt, que coordena o projecto e reparte as respectivas aulas com a bailarina Susana Figueiredo e outros artistas convidados, concorda que a injecção financeira da Gulbenkian confere ao Lab InDança “um novo ‘boost’”, mas realça que, “mais do que a quantidade de participantes a incluir no projecto, o importante é a qualidade do tempo que se passa com eles e a profundidade do que lhes é transmitido”.