“Este ritmo mais acelerado na formação curricular de um estudante está a ter consequências negativas no desenvolvimento das pessoas,” escreve António Alves, representante dos estudantes da Universidade de Aveiro (UA), presidente da Associação Académica, num artigo de opinião sob o título “Bolonha - A Evolução da Ciência e ao Atraso da Sociedade”, publicado na última edição da revista “Linhas UA”, dias antes da uma conferência nacional para reflectir e debater a implementação e o futuro do Processo de Bolonha, marcado para 19 deste mês na UA.
São 48 os países membros da European Higher Education Area, cujo “mote para a partilha de valores e pertença a um espaço cultural e social comum” é o “Processo de Bolonha” que ao longo dos anos tem provocado uma “transformação do ensino superior europeu sem precedentes”, escreve o Reitor da UA, Paulo Jorge Ferreira no editorial da mesma revista, acrescenta que “nunca foi pacífico e está ainda longe de ser concluído”. Também na “LinhaUA”, o vice-Reitor para a Educação e Formação, Jorde Adelino Costa, refere que o Processo de Bolonha “será sempre uma obra inacabada porque as transformações constantes na sociedade colocarão sempre novas exigências aos governos e às instituições de ensino superior”.