“Vinho, louro e alho é preciso ter. Dá muito trabalho mas é bom de comer”. Assim cantaram sábado os confrades, reunidos no auditório da Associação Desportiva e Cultural de Almalaguês (ADCA), num hino ao que é um dos ex-libris gastronómicos da freguesia. O VII Capítulo da Confraria dos Negalhos terminaria com um almoço-convívio na Quinta Real, e àquela hora os apreciadores já mal podiam esperar, os da casa e os convidados, já que se fizeram representar no evento um total de 26 confrarias.Sobre os negalhos, o cabreiro-mor, Rui Rosa, esclareceu-nos logo: «ou se ama ou se odeia». O prato confeccionado com bucho de cabra cortado aos pedaços, depois de bem lavado, enrolado em tiras e levado ao forno em caçoilos, bem temperado como se fosse uma chanfana, foi uma maneira que os antigos tiveram de aproveitar tudo o que o animal dá. Hoje a escassez não é tanta, mas a iguaria continua a ser bastante apreciada. Que o digam os 35 confrades da Confraria dos Negalhos, formada ainda em 2009 e criada por escritura em 2011.
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