Quem visitou ontem o Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, foi surpreendido por soldados vestidos a rigor da segunda metade do século XI. Nas primeiras linhas defensivas, os soldados, colocados estrategicamente no topo do edificado, utilizaram o “olho de falcão” para que ninguém colocasse em risco o que quer que fosse. Tudo foi preparado ao pormenor, até surgirem dois cavaleiros, de entre pastos e montes e munidos de uma carta de que, posteriormente, foi revelado o conteúdo ao povo. Nesta recriação, foi notório o controlo dos “acessos meridionais” a Coimbra, numa tarefa entregue aos actores da Portucale Fidelis que ocuparam o Castelo de Arouce/Lousã no âmbito da reabertura do castelo e inauguração de Centro de Interpretação, numa iniciativa do município da Lousã.Se em 1124, uma incursão islâmica tomou o castelo e, de novo na posse do Condado Portucalense, foi agraciada com foral em 1151, por D. Afonso Henriques, agora, a 27 de Abril de 2019, o “alcaide” Luís Antunes “assenhorou-se” do castelo que, acompanhado por “altezas reais”, abriu as portas ao público depois de um investimento de mais de 350 mil euros na requalificação e acessibilização. Trata-se de um investimento «acrescido na oferta turística do concelho», disse o presidente da Câmara Municipal da Lousã, sublinhando que a intervenção foi validada pela Direcção Regional de Cultura do Centro, implicando um “ataque” global de 354 mil euros, montante que inclui uma comparticipação da União Europeia de 213 mil euros.