Mais ou menos 400 mil anos depois, em 2014, começaram as investigações sobre este passado muito distante até à actualidade, em Ílhavo. E o trabalho arqueológico já realizado chegou a essa conclusão: os sinais e achados dão conta que, provavelmente, há 400 milénios, já existiam hominídeos naquela que hoje é a freguesia de S. Salvador. O mar era instável ao longo dos anos, ou dos séculos, com este a ocupar a zona das gafanhas ou oscilando entre mais perto ou mais longe de S. Salvador, até estabilizar na actualidade, numa linha marítima da Barra à Costa Nova, enquanto o Homem se fixou nas gafanhas “apenas” no século XVII.
Há 400 mil anos, no Paleolítico Inferior, os hominídeos usavam bifaces, segundo a prospecção arqueológica feita, e os achados e a indústria lítica estavam em pleno em Ílhavo, com as pedras bicudas a serem usadas para esquartejar animais, raspar e cortar. Durante os trabalhos arqueológicos, foram encontrados bifaces destes em Cabeço do Boi, Vale do Manona e Chousa Velha.