Em vários momentos, Alberto Martins admitiu a dificuldade em estar ali e discursar perante uma Sala 17 de Abril repleta. Tinha sido ali mesmo, há precisamente 50 anos, que tinha pedido, sem sucesso, para usar da palavra durante a inauguração do Departamento de Matemática. Nessa altura estava do lado da assistência, então como presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra e representante dos milhares de estudantes da academia de Coimbra que pediam fim da velha universidade, fechada e segregadora. Ontem, porém, esteve do lado oposto, falando para uma plateia atenta, num discurso claramente emotivo e carregado de simbolismo e história. Evocou o passado porque só assim é possível «sonhar e construir o futuro» e garantiu que os homens e mulheres de 1969, que protagonizaram a Crise Académica, alcançaram futuro para Portugal.
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