Más acessibilidades e orografia do terreno, mas sobretudo falta de monitorização. Os edifícios religiosos e históricos de Coimbra não estão a salvo de um incêndio, tal como não estava a Catedral de Notre-Dame. É verdade que em Paris as causas apontam, à partida, para um incêndio que terá tido origem numa obra. Mas não havendo obras, não deixa de haver perigo e, neste ponto, há muito a fazer. «Temos um longo caminho a percorrer», admite Manuel Leal Pedrosa, responsável pelos Bens Culturais da Diocese de Coimbra.Sem querer particularizar, Joana Antunes, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e especialista em História de Arte, acaba por fazê-lo e recorda como os colégios da Rua da Sofia estão praticamente votados ao abandono. «Não têm vigilância, não estão abertos a visita, são espaços de pouca vivência, têm pouca manutenção e tudo isto são factores de risco», afirma Joana Antunes, considerando que a «falta de monitorização» é a grande debilidade da maioria dos edifícios históricos onde não há vigilância de câmaras, detectores de fumo ou mesmo vigilância humana que possa dar o alerta em caso de incêndio.
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