Chegar aos 103 anos ainda bem de saúde, física e psicológica, com energia e boa disposição, gosto pela vida. Não é, infelizmente, para todos. Angelina Duarte - assim registada à nascença, mas conhecida por todos pelo nome que a madrinha lhe deu no baptismo: Altina - teve essa “graça”. E empregamos esta última palavra porque falamos de uma senhora muito religiosa, que não falha a missa semanal, nem as orações e o terço diário. Ontem, muito bem arranjada, recebeu-nos na sua casa. Hoje, dia de aniversário, vai sair para almoçar o tradicional leitão com a amiga e cuidadora dos últimos oito anos, Laurentina, e com a vizinha Maria Isabel. Está de luto pela sobrinha, que partiu há cerca de um mês e que era a sua familiar mais próxima em Coimbra. Mas a outra sobrinha, de Lisboa, ligou a avisar que, mesmo sem esta companhia, devia ir fazer o almoço de aniversário. «À tarde temos o lanchinho, vêm sempre cá familiares e amigos cantar os parabéns. O antigo presidente da Junta de Póvoa de Midões também é visita habitual», adianta a amiga Angelina, também ela perto dos 83 anos.
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