«Não existem palavras para expressar o que se passou aqui», diria ontem Jorge Felício, do Gabinete de Musicoterapia do Hospital Pediátrico (HP), no final do concerto de jazz que a Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra levou à unidade de saúde. O musicoterapeuta, que desdobrou agradecimentos pelos alunos e professor do Conservatório, direcção e serviços do HP, lembrou a força da música para a superação de maus momentos. «A música vai muito além da parte estética», observou o coordenador do Gabinete de Musicoterapia, criado em 2016, coincidindo temporalmente com a instalação da pedopsiquiatria no HP. De então para cá tem recebido «alguns miminhos», com a visita de grupos, mais pequenos do que o de ontem, que partilham a música pelos serviços e com «sons que, cada um à sua maneira, ajudam a ultrapassar» situações vividas em meio hospitalar. «Vamos continuar assim», garantiu o musicoterapeuta, que depois, em declarações ao Diário de Coimbra, explicou que a música e os sons ajudam doentes e famílias, assinalando também a envolvência de técnicos. «Sinto uma envolvência muito grande, até da própria Direcção do HP, e também uma gratidão muito grande» por ajudar a que «os dias sejam diferentes», levando até a que os doentes cheguem a alhear-se do que estão a passar, reforçou Jorge Felício, ao notar também o contributo da música no reforço de «humanização» já existente na unidade de saúde.
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