O mentor da Re-Food, Hunter Halder, - uma organização nacional que recolhe excedentes alimentares oferecendo-os a “quem mais precisa” - deixou duas mensagens no encontro realizado na passada sexta-feira no Centro de Operações de Aveiro daquela organização, uma para dentro, dizendo aos elementos do núcleo da cidade que o projecto não deve ser uma organização fechada, e outra para o exterior, particularmente dirigida aos 18 gestores que foram afastados.
O encontro foi realizado oito dias depois da publicação de um artigo no Diário de Aveiro, que revelou o afastamento de 18 gestores e a crise de um projecto que esteve à beira de encerrar, três anos depois da abertura. Sobre este assunto, o encontro, que apresentou os valores da recolhas, das fontes de alimentos, instalalações e meios humanos, considerou ser uma “oportunidade para clarificar o que fazemos ”
Hunter Halder traduziu o clima ”de incompatibilidades entre pessoas”, o “autoritarismo e falta de diálogo e organização”, abandono de voluntários e de instituições que decidiram deixar de receber comida, por “desafios”, além de considerar “natural” a saída dos 18 gestores. “Não temos um problema político, o que temos é falta de voluntários”. Sobre os que abandonaram, “é natural que saiam, é como os iogurtes, têm um prazo de validade”, e as declarações dos ex-gestores justificam-se porque “não sabem o que estão a falar”. Disse ainda que para conhecer os últimos meses da Re-Food de Aveiro, a fonte (de informação) mais válida não são as “secundárias”.