No dia que marcou a passagem dos 65 anos sobre a Tomada da Bastilha II, fez-se a homenagem, celebrando o antigo estudante da Universidade de Coimbra e o episódio que estaria na origem da construção da que ainda hoje é a casa dos estudantes, a Associação Académica de Coimbra (AAC). Ontem, na sala do Senado, a Associação dos Antigos Estudantes foi recebida pelo vice--reitor, João Nuno Calvão da Silva, num momento em que se recordou a importância dos antigos estudantes e em particular dos que estiveram na origem do episódio que marcaria a história da vida da AAC.O antigo médico e professor Polybio Serra e Silva, hoje com 90 anos, é o único sobrevivente do grupo de seis que, em 1954, tomou de assalto o Instituto de Coimbra, reclamando uma nova sede para a AAC. Ontem, à margem da cerimónia, recordou o momento e os momentos que se seguiram e que culminaram «quatro ou cinco anos depois» com a construção da actual sede. «Éramos seis, fui eu quem arrombou a porta do Instituto de Coimbra», recordou Polybio Serra e Silva, lembrando como a AAC, então em franco crescimento, vivia sem condições para fazer funcionar todas as sua secções. Os estudantes, recordou ainda, conseguiram chegar ao presidente do Conselho, Oliveira Salazar, que com eles reuniu em Lisboa «mais de duas horas» e percebeu que «afinal os rapazes tinham razão». «Quatro ou cinco anos depois estava de pé a Associação Académica e o Teatro Gil Vicente», contou o antigo estudante, sentindo-se «extremamente orgulhoso» por ter participado neste momento importante da academia e que serviu de referência para a criação de uma data fixa para o Dia do Antigo Estudante, que ontem, pela primeira vez, se celebrou a 4 de Abril, com vários momentos, entre os quais o descerramento de uma placa alusiva à Tomada da Bastilha II, na AAC.
Leia a notícia completa na edição em papel.
