Há na região de Coimbra alguns aspectos preocupantes no seu tecido económico e aos quais é preciso dar atenção, mas também há muitos pontos positivos que ontem o painel de oradores destacou na conferência sobre “Empreendedorismo e Sustentabilidade”, promovida pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) em parceria com o Diário de Coimbra. Num território que tem feito da sua heterogeneidade uma oportunidade, destaca-se, sobretudo, a qualificação dos seus recursos humanos, a taxa de escolarização superior à média nacional e a vocação tecnológica da região. E verdade é também, segundo os oradores, que nos recursos humanos está a força das empresas, quer das que já existem e querem crescer, quer das que venham a nascer e queiram vingar. Não se pode, pois, pensar apenas no lucro que, sendo importante, não surge sem capital humano. E não se pode também pensar no capital humano sem educação, que começa cedo, muito cedo.Num encontro que decorreu na Quinta das Lágrimas e assinalou o final do projecto de empreendedorismo nas escolas, promovido nos últimos anos pela CIM-RC, Marco Galinha, investidor em projectos empreendedores – o conhecido “Shark Tank” – começou, precisamente, por referir que o empreendedorismo é «uma mistura de intuição e educação». Homem de negócios, começou a trabalhar nas férias quando tinha apenas 12 anos e isso, admitiu, «magoou» mas serviu para perceber o que «não queira fazer». «Depois, uma licenciatura é um bem enorme», reconheceu.
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