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AMP insiste na criação de empresa metropolitana de transportes


Sexta, 29 de Março de 2019

O presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) voltou hoje a defender a criação de uma empresa metropolitana de transportes capaz de gerir não só a bilhética, como o concurso de transportes e a sua fiscalização. "Temos também resultante da cimeira de Sintra desafios pela frente (…). A criação de uma estrutura que faça coabitar os diferentes objectos da nossa intervenção, a bilhética, a gestão de rede, a gestão do concurso e da sua fiscalização. É desse exemplo a vontade de criação de uma empresa metropolitana de transportes que na AMP consiga gerir muito deste processo", disse.

Eduardo Vítor Rodrigues, que discursava na cerimónia de assinatura do Contrato do Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) entre o Estado e a AMP, considera o dia em que entra em vigor o passe único (segunda-feira) responde àqueles que “há um ano diziam que não era possível” e que ainda hoje estão cépticos. "Nós começamos a vender os passes no dia 21 de Março, um ano depois de termos estado reunidos em Sintra", sublinhou, lembrando com que a medida vai entrar em vigor para a maioria dos operadores na AMP.

O autarca salientou que, depois do despacho do ministro, datado de 04 de Fevereiro de 2019, a AMP teve pouco tempo para pôr em marcha um processo de "uma enormíssima complexidade jurídica e tecnológica", mas sobretudo "relacional". "Foi preciso repor a relação com os operadores, às vezes até com os cidadãos, e esta questão relacional às vezes é a mais importante de todas para resolver a tecnológica e a jurídica", defendeu.

Eduardo Vítor Rodrigues sublinhou que, com a introdução do passe único, todos vão pagar menos, sendo que em alguns casos a poupança pode chegar aos 1.300 euros por ano. É o caso dos utentes que viajam de Arouca para o Porto, que actualmente tem um custo mensal de 159,75 euros e que vão passar a pagar apenas 40 euros. Segundo o autarca, a utilização de veículos privados nas deslocações na AMP é superior a 65%, enquanto o transporte público representa apenas 13%. "É a pior repartição modal face a áreas metropolitanas congéneres", disse Eduardo Vítor Rodrigues, que entregou esta manhã ao primeiro-ministro, António Costa, ao ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e ao presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Fernando Medina, o novo passe Andante.

O Governo e a AMP assinaram hoje o contrato para a entrada em vigor do passe único nos 17 concelhos da AMP, que custará no máximo 40 euros. A partir de segunda-feira, o novo passe Andante Metropolitano custa no máximo 40 euros mensais por utente e permite viajar em todos os operadores de transportes públicos da região.

É também criado um passe municipal, válido para os 17 concelhos que integram a AMP, com o custo de 30 euros para viagens dentro do concelho ou até três zonas contíguas.


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