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Quando os marnotos ajustavam com os moços


João Peixinho Sexta, 22 de Março de 2019

Sem telemóveis, ou mesmo telefone fixo, sem “e-mail” ou redes sociais na Internet para combinarem o dia e a hora em que iriam apresentar-se aos marnotos, os candidatos a moços das marinhas de sal de Avei­ro para a safra que estava a começar, começavam a aparecer. Ao longo dos princípios de Março, os marnotos não se dirigiam ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, nem publicavam anúncios nos jornais. Debaixo dos Arcos e na vizinha Praça Joaquim Melo Freitas, a poucas centenas de metros do Rossio, apenas separado pela Rua João Mendonça, onde já se ouviam os sons da Feira de Março, procuravam e escolhiam quem queriam que trabalhasse com eles nas marinhas. Seriam os seus “camaradas” e os marnotos “ajustavam os moços”, ou seja, ficava ali acertado quanto iriam receber no final da safra. Nos anos 40 e 50 do século passado, quando a produção de sal ainda não tinha entrado em decadência em Aveiro, um moço levaria para casa à volta de quatro contos, por seis meses de trabalho, ou seja, quatro mil escudos o que, convertendo para euros, daria 20 euros.

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