Está lá tudo. Desde a delicadeza da mais fina porcelana, trabalhada há quase dois séculos em Ílhavo, aos rudes tamancos que o senhor Custódio utilizava para poder trabalhar na Fábrica onde era impensável entrar descalço, e que o antigo trabalhador cedeu ao Museu. Naquelas vitrines do espaço que reabrirá ao público em Maio, brilham vários episódios da história da Vista Alegre. Porém, no percurso de uma das maiores marcas da região, não se esquece que a porcelana é um material translúcido e, por detrás de todo aquele brilho, há sempre espaço para tirar da sombra quem ajudou a escrever a história. E é por isso que entre peças delicadas com rostos da realeza portuguesa não são esquecidos aqueles que, diariamente, tornaram real o crescimento da Vista Alegre. Não se estranhe, por isso, que se encontrem vestígios de “uma comunidade social dentro da Fábrica”, como os tais tamancos, a poucos metros de baixelas abrilhantadas com o brasão e a assinatura de Vasco da Gama, por exemplo. Há espaço para todos.
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