Dono de um “optimismo razoável”, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lembrou que nos últimos três anos o país aumentou em quatro por cento o número de alunos no ensino superior, assim como a quantidade de estudantes internacionais nas universidades nacionais. Mas, falando ontem em Aveiro, no Seminário de Avaliação sobre o Contributo dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento para a Formação Avançada, avisou para a insuficiência destes indicadores. Um dos “grandes desafios” de Portugal neste sector é “alargar a base social” de quem entra no ensino superior, desde logo porque “os mais vulneráveis” continuam a debater-se com dificuldades em atingir este patamar de escolaridade. De acordo com o governante, o país ainda só forma cerca de metade dos seus jovens, sendo que a outra metade entra directamente no mercado de trabalho. “Temos de aumentar a penetração no ensino superior”, exortou o ministro – isto apesar da “pressão demográfica” cujos dados são preocupantes; actualmente existem 120 mil jovens de 18 anos, número que irá baixar para 80 mil em 2030.