Mortes por violência doméstica aumentaram no distrito

Abril de 2018. Um homem de 58 anos é detido por suspeita de matar à facada a companheira, de 52 anos, no Juncal, concelho de Porto de Mós. Está a ser julgado, com a medida de prisão preventiva.Ainda nesse mês, uma mulher de 73 anos foi encontrada sem vida junto a um barracão agrícola, próxima da habitação onde residia com o genro na freguesia de Turquel, concelho de Alcobaça.No final do mesmo mês, uma discussão entre um casal, ambos surdos-mudos, acabou na morte de uma mulher de 48 anos, agredida com um tijolo na cabeça pelo marido, que mais tarde se entregou à GNR. Crime aconteceu em Ansião.Em Julho, um homem de 49 anos foi detido por suspeita de matar, por asfixia, a mulher, abandonando depois o corpo num pinhal, no concelho do Bombarral. Ficou em prisão preventiva a aguardar julgamento.Um emigrante, de 61 anos, matou a mulher, de 62, com uma caçadeira e suicidou-se. Crime ocorreu em Agosto, na Serra do Porto de Urso, Monte Real, concelho de Leiria.Em Setembro, em Peniche, uma mulher, de 42 anos, foi morta por imolação pelo ex-companheiro. Regou-a com gasolina, em plena via pública, e incendiou-a. O homem tentou o mesmo método para pôr fim à vida. Antecedentes de violência doméstica terão ditado a separação.Uma faca, um tijolo, gasolina, asfixia, uma caçadeira. Seis mulheres foram mortas às mãos dos maridos e companheiros em 2018, um número que aumentou dramaticamente face ao ano anterior.Em 2017, há o registo de uma vítima mortal por violência doméstica. No ano passado, foram seis as mortes registadas. Seis casos em que, segundo o Centro de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do Distrito de Leiria, “nenhuma das vítimas estava a ser acompanhada”.