Papas, papas e mais papas. Cinco vezes papas, tantas quantos os pratos que ontem foram servidos a quem participou na “Degustação de Papas Laberças”, promovida pela Associação Desportiva e Cultural de Andorinha. A associação teve de pedir “emprestada” a sede da colectividade vizinha de Casais de Vera Cruz, por ter ficado com as suas instalações destruídas pela tempestade Leslie, mas não foi por isso que esta segunda edição, que decorreu ao jantar de sábado e ao almoço de ontem, correu pior. Muito pelo contrário. No ano passado foram servidas cerca de 160 refeições e este ano 280. Ontem, já a hora do almoço ia bem avançada e ainda muitas pessoas aguardavam pela sua vez para se sentarem à mesa. E quem já o tinha feito, mostrou a sua satisfação pelo resultado de uma iniciativa que conseguiu, numa só refeição, dar a conhecer a ancestralidade das papas laberças e desconstruí-las em versões modernas. «Devemos conhecer o nosso passado – dos nossos pais e dos nossos avós – e o que evoluiu a alimentação em relação ao tradicional. É isto que está em cima da mesa», resumiu Fernando Neves, um visitante de Guimarães que participou ontem na festa e que já tinha repetido a presença no ano passado, na primeira edição. «Foi espectacular», recordou, convicto que este ano seria igual. É que ontem, enquanto conversava com o Diário de Coimbra, esperava ainda pela sua vez de degustar, com a confiança plena no resultado que iria sair das mãos dos chefs Tony Salgado e Valdemar Onofre, responsáveis pela iniciativa.
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